Muita gente, ao ver que sobrou um pouco de dinheiro na carteira ou na conta bancária, acaba gastando-o em pequenas futilidades: um presentinho para a família, um bombom, um cafezinho a mais… Muitas vezes, o que se passa na cabeça é: “São só dez reais. O que eu vou fazer com isto?” A pessoa pensa até em poupar o dinheiro, mas acaba se desanimando com o baixo rendimento que uma caderneta de poupança, por exemplo, irá lhe proporcionar.
Não estamos falando para que as pessoas abram mão dos pequenos prazeres da vida. A felicidade de uma criança ao receber um pequeno mimo ou uma cervejinha bem gelada ao final de uma sexta-feira quente é que nos fazem ver que o esforço do nosso trabalho vale a pena. O que queremos é mostrar que, quando ficarmos em dúvida sobre o que fazer com aquela pequena sobra de dinheiro, guardá-lo para investir é uma excelente opção.
No nosso exemplo, mostramos o que acontece quando se consegue poupar R$ 100 por mês ao longo do tempo. Em 40 anos, você terá poupado R$ 48.000 e, mesmo aplicando em um produto altamente conservador e de baixa rentabilidade como a poupança, você terá um saldo acumulado superior a R$ 225.000.
É importante saber que quanto mais dinheiro se tem , melhores opções de investimento estarão disponíveis. Por isto, vale a pena reavaliar seus investimentos de tempos em tempos e pesquisar por novos produtos. Por exemplo, com R$ 100 você provavelmente não terá muitas opções de investimento. CDBs oferecem taxas muito baixas e os fundos cobram taxas de administração elevadas para aplicações neste montante. Com isto, a poupança passa a ser um investimento inicial interessante.
Quando você tiver, por exemplo, R$ 10 mil acumulados (às vezes, produtos interessantes podem ser obtidos a partir de R$ 1 mil), vale a pena procurar por melhores condições de investimento. Em nosso exemplo, ao acumular R$ 10 mil, passamos a investir em uma LCI (letra de Crédito Imobiliário) que paga 86,5% do CDI e, como a poupança, é isento de IR (imposto de renda). A parte mais escura do gráfico abaixo mostra a diferença que se tem em relação ao investimento na poupança. Ao invés de acumular cerca de R$ 225.000, o montante total passa a ser um pouco mais de R$ 278.000.
Anos
|
Total investido
|
Saldo poupança
|
Saldo com revisão de investimento
|
---|---|---|---|
5
|
6.000,00
|
7.060,00
|
7.060,00
|
10
|
12.000,00
|
16.802,98
|
17.183,99
|
15
|
18.000,00
|
30.248,54
|
31.876,35
|
20
|
24.000,00
|
48.803,78
|
52.969,10
|
25
|
30.000,00
|
74.410,50
|
83.250,45
|
30
|
36.000,00
|
109.748,43
|
126.723,19
|
35
|
42.000,00
|
158.515,72
|
189.133,87
|
40
|
48.000,00
|
225.815,85
|
278.732,38
|
Há alguns pontos importantes que não estamos discutindo aqui. Um deles é a questão da inflação. Como não a estamos considerando na análise, o poder de compra de R$ 278 mil em 40 anos é muito abaixo do que o deste valor hoje. No entanto, nossa intenção aqui é mostrar que investir o dinheiro é melhor opção do que gastá-lo em algo que não irá lhe agregar valor. Mais do que isto, investir bem e estar atento às oportunidades de investimento que surgem podem representar um futuro ainda mais confortável.
Observações:
1) Investimento na poupança considerando uma taxa Selic estável de 9% ao ano;
2) Investimento em LCI considerando taxa CDI estável de 8,72% ao ano;
3) Consideramos apenas valores nominais, não deflacionados.
Economizar é difícil, mas vale a pena tentar.
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