quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Aprenda a organizar as finanças e fique tranquilo o ano de 2014.

O ano novo chega e, junto com ele, vêm os gastos do começo do ano. Apesar da ajuda do 13º do mês passado, é necessário um planejamento para fazer render o dinheiro destinado aos gastos extras, que começaram já no final do ano, com presentes de Natal e férias, e se estendem até os primeiros meses do ano, com matrícula e material escolar, IPVA, IPTU, seguro do carro, etc.
Se os gastos acabaram sendo maiores do que o salário, e você já começou o ano no aperto, talvez seja hora de considerar criar um fundo de emergência. A reserva é destinada a cobrir eventualidades, como desemprego e problemas de saúde na família, e também pode servir de reforço para os períodos do ano em que os gastos são maiores.
Para montar a reserva, é recomendado economizar cerca de 10% da renda líquida, mensalmente, até arrecadar uma quantia que represente de três a seis meses das despesas fixas. O ideal é separar este dinheiro assim que receber o salário, garantindo maior controle.
Estas regras, no entanto, são maleáveis. “A gente passa uma recomendação do que é ideal, como em uma dieta: você tem uma linha pra seguir, mas tem momentos em que abusa. Você pode sair um pouco da linha, desde que retome depois. Tem que adaptar a regra à sua realidade”, esclarece Waldeli Azevedo, consultora financeira do programa de educação financeira da Visa, Finanças Práticas.
Veja as ações recomendadas pela especialista para criar um fundo de emergência e ficar tranquila o ano todo.
1. Montar um orçamento
A primeira coisa a fazer é montar uma planilha detalhada com os gastos mensais e, com base nela, estimar quanto sobra no final do mês. “Esta época do ano é a melhor para fazer um orçamento e ver se você está no caminho certo. Se começar agora, vai perceber ao longo do ano os períodos em que gasta mais ou menos e vai conseguir se organizar melhor. Não é só corte, tem que se organizar”, explica a consultora.
Como fazer isso? “Listando todos os seus gastos, tanto as despesas fixas quanto as variáveis. O legal no começo é fazer um monitoramento de tudo que você gasta, anotando em um diário, pois assim consegue identificar as despesas invisíveis.” Segundo a especialista, estes são os gastos do dia-a-dia que fazemos sem perceber, e, por isso, nem sempre nos lembramos de incluí-los no orçamento. “Um bom exemplo é o cafezinho: são R$ 3 por dia que, no final do mês, acaba gerando um gasto relevante”, completa.
2. Aumentar a renda
Buscar novas formas de ganhar dinheiro extra ajuda a acelerar a formação da reserva financeira. “A dica aqui é simplificar. Tem pessoas que querem ter ideias mirabolantes de negócios. Procure coisas que você saiba fazer, olhe ao seu redor, no seu bairro, no seu trabalho. Você pode lecionar um idioma, dar aulas de um instrumento musical, passear com cachorros no seu bairro, vender doce, levar um lanche ou congelado para vender no trabalho para as pessoas que não têm tempo para almoçar, etc.”, recomenda Waldeli.
3. Reduzir os custos
Esta ação pode ajudar principalmente quando não é possível encontrar novas formas de ganhar dinheiro. “Encontre as gorduras do seu orçamento, ou seja, tudo que você pode cortar”, recomenda a especialista. Gastos essenciais incluem aluguel, condomínio, contas de água e luz, gastos com saúde, alimentação, educação e transporte. “Levar uma lista ao supermercado é uma boa ideia para evitar comprar coisas supérfluas. Além de prática, ela economiza bastante. Evite também levar crianças ao supermercado, pois elas sempre pedem uma bolachinha a mais, e procure não fazer compras com fome”, orienta. “Para quem tem criança, procure fazer um lanche em casa antes de ir ao cinema, ao invés de comer no fast food, e, no lugar da pipoca, leve uma bala ou um chocolate.”
4. Poupar
Depositar o dinheiro extra em uma caderneta de poupança ou em algum outro tipo de investimento de baixo risco evita que você caia em tentação. “Não deixe o dinheiro à vista, pois, se estiver na sua conta, você com certeza vai gastar. Coloque em uma conta na qual não mexa muito, ou na poupança”, orienta. A consultora também esclarece que não é necessário poupar todo mês. “Se este mês você ficou apertada, pode deixar para guardar no próximo mês sem problema. Fazer um fundo de emergência não deve ser um sofrimento. Terminar o mês deixando um pouquinho na conta já e ótimo”, explica.
5. Investir
Este item merece um pouco mais de cuidado, já que o investimento pode apresentar riscos. “Nesta situação, investimentos devem ser feitos para você dormir tranquila. Se você for investir em algo e perder o sono pensando se vai acabar perdendo tudo, não funciona”, alerta. No caso do fundo de emergência, os tipos de investimento mais indicados são os de renda fixa, cuja rentabilidade é determinada, como a poupança e o CDB. “Estes investimentos têm pouco risco e alta liquidez, ou seja, são fáceis de resgatar. Se você precisar do dinheiro amanhã, ele estará lá”, explica.
Quando o fundo de reserva atingir a quantia ideal, a recomendação da especialista para garantir uma renda extra é manter o dinheiro no investimento de renda fixa e começar uma nova reserva destinada a outros tipos de investimento.

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